São
Bernardo
20 de
agosto
Bernardo
de Claraval ou de Fontaine, foi um abade de Claraval, santo e Doutor da Igreja. Nascido
em 1090 em Fontaine-lès-Dijon, foi monge
cisterciense, grande propagador da Ordem e defensor da Igreja, sendo uma das
personalidades mais influentes do século XII.
Nascido numa ,família nobre da Borgonha, no
castelo de Fontaine-lès-Dijon, Bernardo foi o terceiro de sete filhos de
Tescelin, o Vermelho e de Aleth de Montbard.
Aos nove anos de idade foi enviado para a
Escola Canônica de Châtillon-sur-Seine, onde demonstrou um gosto particular
pela literatura.
Em 1112, decide entrar na Abadia de Cister,
fundada em 1098 por São Roberto de Molesme, e na qual Santo Estevão Harding
havia acabado de ser eleito Abade.
Em 1115, Estevão Harding envia-o jovem à
frente de um grupo de monges para fundar uma nova casa cisterciense no vale de
Langres. A fundação é chamada "Vale Claro", ou Clairvaux – Claraval. Bernardo
é nomeado Abade desta nova Abadia, e confirmado por Guilherme de Champeux,
bispo de Châlons e célebre teólogo.
Os primórdios de Claraval são difíceis: a
disciplina imposta por São Bernardo é bastante severa. Bernardo busca formação
nas Sagradas Escrituras e nos Padres da Igreja. Ele tem uma predileção quase
exclusiva pelo Cântico dos Cânticos e por Santo Agostinho.
Muitas pessoas afluem à nova abadia e
Bernardo acaba de converter toda sua família: seu pai, Tescelin, e seus cinco
irmãos tornam-se monges em
Claraval. Sua irmã, Umbelina, toma igualmente o hábito no
priorado de Jully-les-Nonnains.
A partir de 1118, novas casas são fundadas ,
como a Abadia Nossa Senhora de Fontenay, para evitar a superlotação de
Claraval.
Em 1119, Bernardo faz parte do Capítulo Geral
dos Cistercienses convocado por Estevão Harding, que dá sua forma definitiva à
Ordem. A Carta da Caridade, que é então redigida, é confirmada pouco depois
pelo papa Calisto II.
É nesta época que Bernardo escreve suas
primeiras obras, tratados e homilias(sermões) e, sobretudo, uma Apologia,
escrita a pedido de Guilherme de Saint-Thierry.
Envia igualmente numerosas cartas para
incentivar à reforma o resto do clero, em particular os bispos. Sua carta ao
arcebispo de Sens, Henrique de Boisrogues chamada mais tarde de De Officiis
Episcoporum (Da conduta dos Bispos) é reveladora do importante papel dos monges
no século XII, e das tensões entre o clero regular e secular.
Em 1128, Bernardo participa do concílio de
Troyes, convocado pelo papa Honório II e presidido por Matthieu d’Albano,
legado do papa. O concílio é fortemente influenciado por sua atuação. É durante
este concílio que Bernardo consegue o reconhecimento para a Ordem do Templo, os
Templários, cujos estatutos são delineados por ele mesmo.
Torna-se uma personalidade importante e
respeitada na Cristandade; ele intervém em assuntos públicos, defende os
direitos da Igreja contra os príncipes seculares e aconselha papas e reis.
Em 1130, depois da morte de Honório II, é a
sua voz que faz com que Inocêncio II seja aceito.
Nesse período de desenvolvimento das escolas
urbanas, no qual os novos problemas são discutidos na forma de questões, de
argumentação e busca de uma conclusão, São Bernardo é defensor de uma linha
tradicionalista.
Claraval dá um papa à Igreja, Eugênio III. Quando o reino de Jerusalém é
ameaçado, Eugênio III, ele mesmo um cisterciense, pede a Bernardo que pregue a
segunda cruzada em Vézelay em 31 de março de 1146 e mais tarde em Spire. Ele o faz com
tanto sucesso que o rei de França LuísVII e o imperador do Sacro Império
Conrado III tomam eles mesmos a cruz.
São Bernardo fundou 72 mosteiros, espalhados
por toda Europa: 35 na França, 14 na Espanha, 10 na Inglaterra e Irlanda, 6 em
Flandres, 4 na Itália, 4 na Dinamarca, 2 na Suécia e 1 na Hungria, além de
muitos outros que se filiaram à Ordem.
Em 1151, dois anos antes de sua morte,
existem 500 abadias cistercienses. Havia 700 monges ligados a Claraval.
Bernardo morre em 1153 com 63 anos. Seu corpo
foi colocado aos pés do altar da Virgem Maria, da qual ele era grande devoto e
propagador de suas virtudes.
Foi canonizado em 18 de junho de 1174 por
Alexandre III e declarado Doutor da Igreja por Pio VIII em 1830.
Inúmeros
milagres são atribuídos a São Bernardo.
Diz-se que inúmeras pessoas iam até ele
buscando curas e ele as atendia. Conta-se que após o fracasso da Segunda
Cruzada, muitos culparam Bernardo e ele, desconsolado, foi chorar aos pés de
uma imagem do Crucificado. Então a imagem de Cristo desprendeu-se da Cruz e
abraçou-o para consolá-lo.
Outra
história popular é que São Bernardo sempre saudava a Virgem Maria quando via
uma imagem sua: "Ave Maria”. Certa vez, andando por um mosteiro, ao fazer
a costumeira saudação, a imagem lhe respondeu: "Ave Bernardo”.
Também se diz que, uma vez, escrevia uma
carta importante ao ar livre, e começou a chover. Bernardo abaixou a cabeça e
fez uma breve prece, e então, somente no lugar onde estava, a chuva parou.
É considerado um dos maiores místicos da
Igreja.
É
comemorado no dia 20 de agosto.
Oração
de São Bernardo
Meu Santo Abade de Claraval, São Bernardo,
fervoroso servo de Maria, a igreja o honra e o invoca universalmente como
padroeiro das causas mais difíceis visto dirigir a Maria todo o seu fervor.
Assim peço que com Maria venha pedir por mim a Jesus. Eu estou sozinho e
desamparado. Faça uso, eu imploro, do seu especial privilégio que Maria deu a
vós para trazer um beneficio visível e rápido a esse seu servo desesperado.
Venha assistir a este servo que está em grande dificuldade e grande necessidade
de consolo e ajuda e atribulado e com sofrimentos.
Assim me consiga a graça (diga aqui o seu
pedido) e ainda a graça da salvação da minha alma.
E que isto possa agradar a Deus e a vós, seu
eleito para sempre. Eu prometo amado São Bernardo sempre honrar-vos com fervor
e, como meu especial padroeiro, encorajar a devoção a vós.
Amém.
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