Transfiguração do Senhor
6 de agosto
Na liturgia romana há
um trecho de evangelho que se refere ao episódio da transfiguração no sábado da
Quaresma, pondo assim uma relação entre este mistério com a paixão.
O evangelista Mateus
inicia a narração comas palavras: Seis dias depois (após a confissão de Pedro e
a primeira predição da paixão), Jesus tomou Pedro, Tiago e João, e os levou
para um lugar, em um alto monte. E ali foi transfigurado diante deles. “O seu
rosto resplandeceu como o sol e as suas vestes tornaram-se alvas como a luz.”
Existe neste episódio
uma clara oposição a agonia do horto de Getsâmani. É evidente a intenção de
Jesus de oferecer aos três apóstolos um antídoto que os fortalecesse na
convicção da sua divindade durante o terrível teste da paixão.
O alto monte trata-se
de Tabor, localizado no coração da Galileia e domina a planície.
A montanha isolada era
de fato propícia as grandes meditações, no silêncio solene das coisas e no ar
rarefeito que mitigava o calor da região.
Com esta visão sobrenatural
Jesus dava uma confirmação à confissão de Pedro: “Tu és o Cristo. Filho do Deus
Vivo.”
Aquele instante de
glória sobre-humana era o penhor da glória da ressurreição.
O próprio tema do
colóquio com Moisés e Elias era a confirmação do anúncio da paixão e da morte
do Messias. A transfiguração que faz parte do mistério da salvação, é
merecedora de uma celebração litúrgica, que as Igrejas do Ocidente e do Oriente
celebram no grau de festa estendida à Igreja Universal.
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