São
Domingos Sávio
05 de
março
O primeiro e mais abalizado biógrafo de São Domingos
Sávio foi seu mestre, o grande São João Bosco.
Domingos Sávio nasceu em Riva, vila de Castelnuovo de Asti,
em 2 de abril de 1842.
Desde pequeno foi dotado de uma índole doce
e aprendeu com extraordinária facilidade as orações da manhã e da
noite, que rezava já quando tinha apenas quatro anos de idade.
Chegado o tempo de aprender as primeiras letras, como
estava dotado de muito engenho, e era muito diligente no cumprimento de seus
deveres, fez em breve tempo notáveis progressos nos estudos.
Evitava todos os meninos arruaceiros e só estabelecia
amizade com os de boa conduta.
Domingos confessava-se freqüentemente. Tão logo soube
distinguir entre “o pão celestial e o terreno”, foi admitido à
Primeira Comunhão, aos sete anos, quando na época a idade mínima para tal era
12 anos.
Terminado o primário em Mondonio, para onde se havia
mudado, Domingos tinha que ir até Castelnuovo duas vezes por dia, ida e volta,
o que representava uma caminhada de quase 20 quilômetros diários.
Para um menino de 10 anos, e franzino de compleição, era um esforço grande.
Mas, movido pelo desejo de estudar para abraçar o sacerdócio, fazia alegremente
o sacrifício.
Em 1854, Dom Bosco foi procurado por D. Cugliero, professor
de Domingos, “para falar-me de um seu aluno, digno de particular atenção: —
‘Aqui nesta casa (o Oratório de Dom Bosco) é possível que tenhas jovens que o
igualem, mas dificilmente haverá quem o supere em talento e virtude. Observa-o,
e verás que é um outro São Luís Gonzaga”.
Nessa ocasião Dom Bosco tomou conhecimento da existência de
Domingos Sávio, que contava 12 anos. Ele assim o descreve: “Era Domingos algo
débil e delicado de compleição, de aspecto grave e ao mesmo tempo doce, com um
não sei quê de agradável seriedade. Era afável e de aprazível condição, de
humor sempre igual. Guardava constantemente na classe e fora dela, na igreja e
em todas partes, tal compostura, que o mestre sentia a mais agradável impressão
somente com o vê-lo e falar-lhe”.
Conhecendo melhor o novo discípulo ao longo dos anos,
afirmou ainda sobre ele Dom Bosco: “Todas as virtudes que vimos brotar e
crescer nele, nas diversas etapas de sua vida, aumentaram sempre
maravilhosamente e cresceram juntas, sem que uma o fizesse em detrimento de
outra”. Era impressionante ver a seriedade com que cumpria com os menores
deveres. “No ordinário, começou a fazer-se extraordinário.
A devoção do pequeno Domingos para com Nossa Senhora era
extrema. No dia 8 de dezembro de 1854, ano da proclamação do dogma da Imaculada
Conceição pelo Papa Pio IX, ante o altar da Virgem, ele fez esta
oração: “Maria, eu vos dou meu coração; fazei com que seja vosso. Jesus e
Maria, sede sempre meus amigos; mas, por vosso amor, fazei com que eu morra mil
vezes antes que tenha a desgraça de cometer um só pecado”.
Declarou ainda São João Rua, seu condiscípulo no Oratório,
no processo de beatificação: “Tenho a convicção de que Domingos, por
singular privilégio, não estava sujeito a tentações contra a castidade”.
Seis meses após a entrada de Domingos Sávio no Oratório,
Dom Bosco fez aos alunos uma preleção sobre o dever que todos têm de serem
santos, e a facilidade que há nisso, caso se busque em todas as coisas a
vontade de Deus com toda simplicidade. Isso inflamou beneficamente Domingos
Sávio, que foi procurá-lo e disse: “Quero dizer-vos que sinto um desejo e
uma necessidade de fazer-me santo. Nunca teria imaginado que alguém pode chegar
a ser santo com tanta facilidade; mas agora que vi que alguém pode muito bem
chegar a ser santo estando sempre alegre, quero absolutamente e tenho absoluta
necessidade de ser santo”.
Procedendo como experimentado diretor espiritual, Dom Bosco
relata: “A primeira coisa que lhe aconselhei, para chegar a ser santo, foi que trabalhasse
em ganhar almas para Deus, pois não há coisa mais santa nesta vida do que
cooperar com Deus na salvação das almas, pelas quais Jesus Cristo derramou até
a última gota de seu preciosíssimo sangue”.
Domingos transformou esse conselho em programa de vida,
tornou-se um batalhador.
Sua oração predileta – afirma Dom Bosco – era a coroa ao
Sagrado Coração de Jesus. Ele faleceu santamente no dia 9 de março de 1857 aos
15 anos de idade, aliando inocência e pureza angélicas à
sabedoria de homem maduro, alcançando a heroicidade das virtudes
São João Bosco escreveu sua biografia, o que contribuiu
para a sua canonização.
E Dom Bosco tinha tanta certeza de sua santidade e futura
canonização, que, num epitáfio que lhe escreveu, diz: “[...] Os que,
havendo experimentado os efeitos de sua celestial proteção, gratos e ansiosos,
esperam a palavra do oráculo infalível de nossa Santa Mãe a Igreja”.
Ele foi a pessoa mais jovem a receber a canonização, na
história da Igreja.
Beatificado em 1950, foi canonizado em 1954.
É o padroeiro dos cantores de coro da igreja
Oração
de São Domingos Sávio
Ó amável São Domingos Sávio, que em vossa
breve vida de adolescente, fostes admirável exemplo de virtudes cristãs,
ensinai-nos a amar a Jesus com vosso fervor, à Virgem Santa com vossa pureza,
às almas com vosso zelo; fazei ainda que, imitando-Vos no propósito de
tornarmo-nos santos, saibamos, como Vós, preferir a morte ao pecado, para poder
Vos encontrar na eterna felicidade do Céu.
Assim seja.
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