São
Tomé
3 de
julho
Natural da
Galiléia e, como outros discípulos, pobre pescador. Escolhido pelo
Divino Mestre e admitido no colégio dos doze apóstolos, Tomé
sempre se manifestou como fiel amigo de Jesus. Quando este recebeu o
recado de que Lázaro estava doente e os apóstolos se opuseram à
ida de Jesus à Judéia, Tomé disse:“Vamos com ele e com
ele morreremos.” Na última ceia, quando o Mestre falou
de sua ida ao Pai e de sua intenção de preparar um lugar para os
apóstolos na divina morada, Tomé respondeu: “Senhor, não
sabemos para onde vais, como poderemos saber o caminho?” Jesus
porém disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém
chega ao Pai a não ser por mim.” (João, 14).
Após a crucificação
de Jesus, ficou tão desanimado que não acreditou na ressurreição
do Senhor, temendo informações inverídicas. Daí sua declaração:
“Enquanto eu não vir nas mãos o sinal dos pregos e não puser
minha mão no seu lado, não creio.”
Passados alguns
dias, Jesus apareceu e, chegando-se a Tomé, falou: “Põe teu dedo
aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e ponha no meu lado e não
sejas incrédulo, mas fiel! Porque vistes, crestes, felizes os que
não viram e creram.” O apóstolo então humildemente falou: “Meu
Senhor e meu Deus”; palavras que foram usadas na liturgia
eucarística. (João, 20:25-28).
Alguns historiadores
acreditam que ele foi pregar o Evangelho na Pérsia e na Índia, onde
teria conquistado a confiança do rei Guduphara e planejado a
construção de um palácio, daí a tradição de representá-lo com
um compasso na mão. Há quem diga que ele tenha sido o
primeiro apóstolo dos indígenas do Brasil e do Peru. Contam que
numa praia da Bahia existe grande pedra, bem lisa, que apresenta a
impressão de dois pés humanos, pedra que os índios denominaram
“Sumé”, considerado uma corruptela de Tomé.
Na iconografia
cristã ele é representado com um compasso e uma lança, talvez o
instrumento de seu martírio, ou o objeto que o uniu ao Divino
Mestre, em cujo lado, aberto pela lança, ele colocou suas mãos.
É protetor dos
arquitetos.
Em Minas Gerais ele
é padroeiro de São Tomé das Letras, cuja origem está ligada a
interessante lenda, segundo a qual o santo teria aparecido ao escravo
João Antão, dentro de uma gruta próxima à cidade. No entanto, no
local só foi encontrada sua estátua. Sobre a cabeça da imagem do
santo puderam observar gravada na rocha, uma inscrição até hoje
indecifrada, de onde surgiu o nome da cidade.
O dono da fazenda,
João Francisco Junqueira, mandou erguer ao lado da gruta uma capela,
substituída em 1785 por bonita igreja barroca, com duas torres e
quatro altares, que foi recentemente restaurada. A pintura do teto
representando o santo, parece ter sido obra do pintor mineiro Joaquim
José da Natividade, discípulo de Manuel da Costa Ataíde. A imagem
de São Tomé existente no templo é a mesma que, segundo a lenda,
foi encontrada por João Antão dentro da gruta.
Oração
ao apóstolo São Tomé
Glorioso
apóstolo São Tomé, que depois de haverdes duvidado da ressurreição
de Cristo, obtivestes a graça de tocar com as vossas mãos as chagas
sacratíssimas do corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, que então vos
disse: “Bem- aventurados os que não viram e creram”, eu vos
peço, humildemente, a graça de obterdes da misericórdia do Senhor,
as luzes para o meu espírito. Desejo e peço-vos, São Tomé, o
auxílio de que necessito neste momento. Protegei-me e inspirai-me,
São Tomé, apóstolo mártir. (Faça o pedido). Pelo
sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém.
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