Santa Maria Madalena
22 de julho
Pecadora, foi purificada por Cristo e, como prova de seu amor, sua gratidão e sua redenção, passou a acompanhá-lo e aos apóstolos, seguindo uma vida cristã e sendo testemunha de todas as fases da vida e pregação de Jesus, inclusive a crucificação, morte e ressurreição.
Santa Maria Madalena era natural de Magdala, rica cidade comercial da Galiléia, baseada na pesca e que tinha intenso contato com o mundo helênico.
A primeira referência sobre ela nos foi dada pelo Evangelho de São Lucas, que narra o seguinte fato. Convidado por Simão, o Fariseu, para comer em sua casa, estando Jesus à mesa, uma mulher pecadora que havia na cidade levou uma redoma de alabastro (alabastro, espécie de pequeno vaso arredondado com a boca estreita usado para queimar perfume e óleo) cheia de bálsamo. E pondo-se a seus pés, começou a regar-lhes com lágrimas os pés e os enxugou com os próprios cabelos. E lhe beiju os pés e os ungiu com o bálsamo. E quando viu isto, o fariseu que o havia convidado disse consigo: se este homem fosse profeta bem saberia quem e qual a mulher que o toca, porque é pecadora. (Lucas, 7:37-39).
Havia ali uma brilhante sociedade, tudo o que Jerusalém poderia oferecer de melhor, tanto do ponto de vista da fortuna, como da inteligência. Eles se reuniam em volta de Cristo, especialmente convidado, para comentarem o Sermão da Montanha, que o Nazareno acabara de fazer. A conversa estava animada, quando a porta se abriu e seguiu-se a cena registrada por São Lucas. Por meio de uma parábola Jesus explicou que Madalena merecia ser perdoada porque muito amou. E, diante do assombro geral, o Mestre, falou: Mulher, teus pecados estão perdoados. Tua fé te salvou. Vá em paz e não peques mais.
Com um único gesto de amor, toda a sua vida de pecadora foi resgatada pelo próprio Redentor. Maria tornou-se daí em diante a confidente e leal discípula, e sua vocação foi a de seguir Jesus passo a passo. Ela o acompanhou no caminho do Calvário e permaneceu aos pés da cruz, vendo o seu Deus desfigurado. No primeiro dia depois do sábado, ao raiar do Sol, junto com Maria, mãe de Tiago, e Salomé, correu ao Sepulcro com as mãos cheias de bálsamo para colocar no túmulo de Jesus, e o encontrou vazio. Elas viram um rapaz, vestido de roupas brancas, sentado no local e ele lhes disse: Não tenhais medo. Se procurais Jesus de Nazaré que foi crucificado, ele ressuscitou, não está mais aqui. Ide e dizei aos discípulos que ele vai adiante de vós esperar-vos na Galiléia. (Marcos, 16:55-57). E voltando-se, viu o Senhor de pé, mas não o reconheceu, pensando ser o jardineiro. Somente ao ouvir o seu nome do próprio Jesus é que ela caiu de joelhos e disse: “Rabi!” (Mestre!).
Foi chamada de Apóstola dos Apóstolos por São Tomás de Aquino por ter anunciado o Cristo ressuscitado. Como primeira a receber a notícia, Madalena proclama a ressurreição de Jesus como aquele que venceu a morte e ao fazê-lo foi a primeira a anunciar a mensagem central da Páscoa.
Alguns hagiólogos contam que após a ascensão, Madalena mudou-se para Éfeso, permanecendo com Maria Mãe de Jesus e São João.
Uma lenda conta que desembarcou nas costas da Provença com Lázaro e Marta e retirou-se para Marselha, onde morreu em 22 de julho, data em que se comemora sua festa.
O local tornou-se centro de peregrinação.
Santa Maria Madalena é considerada um exemplo de arrependimento e de fé, e foi esta fé que a salvou.
Uma das santas mais populares, é geralmente representada ajoelhada junto a cruz, onde Jesus expirou, enxugando as lágrimas com um lenço ou então com um alabastro de óleo nas mãos.
É a padroeira das cabeleireiras, podólogos, pecadores penitentes, prostitutas arrependidas, fabricantes de óleos para o corpo e perfumistas.
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