Santa Maria Goretti
6 de julho
Nascida em 18 de outubro de 1890, no vilarejo de Corinaldo, na Itália,
era a filha mais velha de um casal de camponeses, Luigi e Assunta Goretti.
Devido às dificuldades econômicas para criar os sete filhos, mudaram-se para a
vila de Agro Pontinho, associando-se à família de Giovanni Serenelli. Ela
cuidava dos irmãos pequenos enquanto os pais saiam para trabalhar. Quando tinha 10 anos perdeu o pai, a situação
da família ficou ainda mais difícil, e ela teve de abandonar a escola, mas
continuou com as aulas de catecismo. Aos 12 anos, recebeu com alegria a
primeira comunhão e andava sempre com o terço no pulso.
Menina bonita e graciosa, chamou a atenção de Alexandre Serenelli, um
rapaz de 18 anos, filho de Giovanni, sócio de seu falecido pai e que, quando a
encontrava, fazia-lhe propostas indecentes, repelidas sempre pela santa jovem.
A mãe saía para trabalhar e ela ficava em casa tomando conta dos irmãos mais
novos. Alexandre continuava a persegui-la e não se conformava com a recusa de
Maria.
No dia 5 de julho, Alexandre estava trabalhando, mas arranjou um
pretexto para voltar ao povoado. Com o amor-próprio ferido e cego pela paixão,
ele foi para a casa de Maria, munido de uma barra de aço pontiaguda e abordou a
adolescente. Fez de tudo para que a jovem cedesse aos seus desejos, mas ela se
desvencilhou de todas as investidas, dizendo: “Não! Não faça isso. É pecado.
Vais para o inferno.” Descontrolado, o rapaz agarrou-a violentamente,
arrastou-a para a cozinha e trancou a porta. Maria gritou desesperada, mas não
foi ouvida. Alexandre tentou amordaçá-la e tirar sua roupa, mas ela conseguiu
defender-se, e ele, furioso, desferiu inúmeros golpes no corpo da moça e fugiu,
deixando-a desacordada. Recuperando a consciência, Maria gritou pedindo socorro
a Giovanni. Imediatamente os vizinhos acudiram e, ao presenciarem o terrível
espetáculo, queriam linchar Alexandre.
Levada para o hospital, os médicos se surpreenderam com sua resistência,
pois os golpes haviam perfurado o pericárdio, o coração, o pulmão esquerdo, o
diafragma e o intestino. Apesar do sofrimento intenso, ela ainda permaneceu
viva por mais 24 horas, e após receber os sacramentos da extrema-unção e da
eucaristia, morreu no dia 6 de julho de 1902, balbuciando que perdoava seu agressor
e pedindo a Deus que o perdoasse também.
Alexandre passou vinte e sete anos na cadeia e se arrependeu
amargamente quando sonhou com Maria, vestida de branco no jardim do Paraíso,
oferecendo-lhe um ramalhete de flores. Ao sair da prisão foi à casa de Assunta,
mãe de Maria, para pedir-lhe perdão. Começou a trabalhar como jardineiro no
convento dos franciscanos e ingressou na Ordem Terceira de São Francisco. Atuou
corajosamente como testemunha, no processo de beatificação de sua vítima,
confessando sua culpa e dizendo: “Deixei-me levar por uma paixão brutal. Ela é
uma santa, uma verdadeira mártir.” No dia 24 de julho de 1950, Maria Goretti
foi solenemente canonizada e Alexandre, ainda vivo, assistiu humildemente à
cerimônia de santificação daquela jovem que, num momento de fúria, assassinara.
É a protetora da castidade e das vítimas de violência.
Festejada a 6 de julho, ela se apresenta nos santinhos como uma jovem,
os braços cruzados sobre o peito, segurando com a mão direita a palma do
martírio e um ramo de lírios, símbolo da pureza.
Oração de Santa Maria Goretti
(Proteção contra a violência)
Santa Maria Goretti, que tanto honrou sua dignidade e não se deixou
abater pela doença do pecado, pedimos a vós que nos proteja de todos os riscos
de violência, seja ele qual for. Virgem santa, humildemente a agradecemos,
desde já, por interceder por nosso corpo, espírito e nossa alma, para que não
sejamos pegos em
ciladas. Santa Maria Goretti, seja misericordiosa e nos
abençoe sempre, permita que sejamos merecedores de suas bênçãos. Amém.
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