Sant’Ana
26 de julho
Casada com São Joaquim, é mãe da
Virgem Maria e avó materna de Jesus Cristo. Contam os evangelhos que São Joaquim, rico e temente a Deus, era
sempre humilhado pelos companheiros porque não tinha filhos. Sua mulher Ana era
estéril.
Certa vez, cansado de ser recriminado pelos amigos e sacerdotes, sem
nada dizer à sua esposa, reuniu seus pastores e levou os rebanhos para o
deserto, armando ali uma tenda, longe de tudo e de todos.
Ninguém dava notícias e Ana achou que ele tinha morrido.
Lamentava-se por sua viuvez e
esterilidade. Apesar de abatida com o rude golpe, procurou reagir, apegando-se
ao Senhor, a quem orava com grande confiança. Certo dia, quando rezava em seu
jardim, apareceu-lhe um anjo de Deus,
dizendo: Ana, o Senhor escutou sua súplica. Conceberás e darás á luz uma menina, que se chamará
Maria, e de tua prole falar-se-á em todo o mundo. Ana então prometeu a Deus
oferecer sua filha ao Senhor, para que permanecesse ao seu serviço.
Na mesma ocasião, o mensageiro
celestial apareceu a Joaquim,
dizendo-lhe para voltar à sua casa, pois Ana, sua mulher, dar-lhe-ia
descendência. Joaquim obedeceu, reuniu seus pastores, rebanhos e se pôs a
caminho, enviando dois mensageiros a Ana, para anunciar sua volta e marcando um encontro com ela no templo.
Passados os meses, nasceu-lhe uma menina,
que recebeu o nome de Maria. Quando
a filha completou três anos, apresentou-lhe no templo, para que ela se
dedicasse ao serviço do Altíssimo.
O imperador Justiniano mandou erguer uma capela a Sant’Ana em
Constantinopla, no ano de 550. Somente no século XVI foi constituída sua festa
e escolhido o dia votivo de 26 de julho, pelo papa Gregório XIII. Por isso
costuma-se chamar julho, o mês de
Sant’Ana. A devoção a Sant’Ana era muito comum no período colonial
brasileiro e, além de várias paróquias erguidas sob a sua proteção, são
inúmeras as imagens da mãe
de Nossa Senhora em diversas igrejas do Brasil, assim como na arte
popular.
Ela é protetora das mulheres casadas, principalmente futuras mães. Suas
devotas grávidas são fidelíssimas, fazendo novenas à Senhora Sant’Ana durante a gestação, e as intervenções da mãe
de Maria são incontáveis. Ela protege as mães durante o parto, para que sejam
rápidos e felizes, e ajuda as estéreis a gerarem filhos. No candomblé é
sincretizada com Nana, ou Anambucuru, a mais velha das iabás e orixá feminino
da chuva, por isso sendo também invocada, nas regiões secas do Nordeste, para
fazer chover.
Na iconografia religiosa ela quase sempre aparece com Nossa Senhora
Menina, algumas vezes em seu colo, mas geralmente de pé, dando a mão á sua
filha, ou sentada, ensinando-a a ler, recebendo o título de Sant’Ana Mestra.
São Joaquim
26 de julho
Avô materno de Jesus, São Joaquim
era esposo de Sant’Ana e pai de Maria santíssima. Eles se casaram muito cedo e levavam uma vida tranqüila, já que
possuíam terras e rebanhos. Porém não tinham filhos, e por isso eram alvo de
repreensões por parte dos sacerdotes, e ainda motivo de zombaria. Joaquim
chegou mesmo a ser afastado do templo, no momento em que pretendia colocar sua
oferenda, porque Deus lhe recusava a benção de ter descendência. Angustiado,
fugiu para a solidão do deserto, onde passou quarenta dias em jejum clamando a
Deus no seu sofrimento. Eis então que um
anjo lhe apareceu e disse: Tua oração foi ouvida! Uma filha te será dada e
tu a chamarás de Maria. Desde a sua infância ela será consagrada a Deus. Na mesma hora Ana teve igual revelação. Ambos se apressaram e encontraram no
templo, radiantes de alegria.
Passados os meses nasceu uma menina, à
qual deram o nome de Maria e
que foi consagrada ao Altíssimo.
Os evangelhos pouco falam sobre
os pais de Nossa Senhora.
Alguns autores dizem que São Joaquim era irmão de São José e que teria
morrido quando Maria tinha 11 ou 12 anos e ainda estava no templo de Jerusalém.
Devido à morte do pai ela se transferiu para Nazaré, e três anos depois aconteceu
os esponsais com São José. Não se sabe se São Joaquim morava em Nazaré, Belém
ou Jerusalém, porém antiga tradição afirma que Maria nasceu nesta última cidade
da Palestina.
A arte cristã européia mostra-o trazendo Maria menina nos braços ou
tendo na mão um cesto com dois pombinhos. No Brasil apesar de não ser um Santo
muito popular, foi bastante homenageado pela imaginária erudita. Eduardo Etzel
divulga uma efígie do século XVII que representa o Pai da Virgem Maria vestido
com roupas de sua época, fisionomia
séria, as mãos sobre seu corpo, barbas e os cabelos em cachos caídos sobre os
ombros. O ilustre escultor goiano Veiga Vale, no século XIX retrata o santo bem
calvo, compenetrado, segurando com a mão direita um cajado e com a esquerda
sobre o peito. No entanto, a mais interessante representação do avô de Jesus é
a de Aleijadinho, transmitindo uma explosão de alegria, expressão que
certamente o atingiu quando soube que ia ser pai, após tantos anos de
frustração.
É padroeiro dos homens casados. Antiga lenda exalta a bondade de São
Joaquim e seu amor aos desamparados, afirmando que ele dividia sua renda em
três partes: uma para o templo, outra para os pobres e a terceira , para seu
sustento. Festejado com Sant’Ana em 26 de julho.
Sant'Ana e São Joaquim são considerados protetores dos avós e dos idosos.
Oração de Sant’Ana e São Joaquim
Senhor, Deus de nossos pais, que concedestes a Sant’Ana a graça de dar
a vida à Mãe do vosso filho Jesus, olhai por todas as famílias que lutam para
sobreviver e que se encontram em dificuldades. Que os lares sejam lugares
abençoados e plenos de acolhimento e de compreensão. Sant’Ana e São Joaquim
nossos padroeiros, olhai pelas crianças, acompanhai os adolescentes, jovens e
adultos, amparai os idosos. Que todas as pessoas possam contar sempre com as
bênçãos de vossa proteção. Sant’Ana e São Joaquim eu ainda vos peço neste dia a
graça de que tanto necessito (faça o pedido). Sant’Ana e São Joaquim rogai por
nós.
Amém.
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