Consagração da Basílica de Latrão
9 de novembro
Perguntou o prefeito
Rústico: “Onde vos reunis?”
Respondeu Justino:
“Onde cada um pode e prefere, você pensa que nós nos reunimos num único lugar,
mas não é assim, porque o Deus dos cristãos, que é invisível, não se
circunscreve a um só lugar, mas enche o céu e a terra e é venerado e
glorificado em qualquer parte por seus fiéis”. (Atas do martírio de São
Justino).
Na sua resposta
sincera o grande apologista Justino, repetia diante do juiz aquilo que Jesus havia
dito a samaritana: “Acredita-me mulher, vem a hora em que nem neste monte nem
em Jerusalém adorareis o Pai. Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e verdade; pois tais são os adoradores que o Pai procura. Deus é
Espírito e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade”. (Jo
4.21-24).
A festa de hoje, da
dedicação da Basílica do SS. Salvador ou de São João do Latrão, não será de
modo algum uma contradição. Salvos o dever e o direito da oração sempre e em
toda a parte, é também verdade que desde os tempos apostólicos, a Igreja,
enquanto grupo de pessoas, teve necessidade de alguns lugares onde reunir-se
para orar, proclamando a palavra de Deus e renovando o sacrifício da morte e
ressurreição de Cristo, concretizando suas palavras: “Tomai e comei todos;
tomai e bebei todos; fazei isto em minha memória.”
Inicialmente essas
reuniões eram feitas em casas particulares, mas com o reconhecimento da Igreja,
a Basílica lateranense foi fundada pelo papa Melquíades (311-314) nas
propriedades doadas para este fim por Constantino, ao lado do palácio, até
então residência imperial e depois pontifícia. Surgia assim a igreja-mãe de
todas as igrejas de Roma e do mundo, destruída e reconstruída muitas vezes.
Foram celebradas nela
nada menos que cinco Concílios nos anos 112, 1139, 1179, 1215 e 1512.
“Mas o templo
verdadeiro e vivo de Deus devemos ser nós!” Diz São Cesário de Arles.
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