São Tomás Becket
29 de dezembro
Uma das escolhas mais
felizes do soberano inglês Henrique II foi a do seu chanceler, Tomás Becket,
nascido em Londres de pai normando e ordenado colaborador do arcebispo de
Canterbury, Teobaldo.
Na qualidade de
chanceler do reino, Tomás se sentia a vontade: possuía ambição, inteligência,
audácia, beleza, coragem e gosto.
Com a morte do
arcebispo Teobaldo, Henrique II, graças a um privilégio dado pelo Papa, pôde
escolher Tomás, seu amigo íntimo e companheiro de divertimento e distração,
como sucessor à sede.
Ninguém, muito menos o
rei, podia prever que um personagem tão comentado se transformaria num grande
defensor dos direitos da Igreja e num zeloso pastor de almas, mas Tomás já
havia avisado o rei: “Se Deus permitir que eu me torne arcebispo de Canterbury,
perderei a amizade de Vossa majestade.”
Ordenado sacerdote em
1162 e consagrado bispo um dia depois, Tomás não tardou indispor-se com o
soberano. Foi exilado por seis anos na França onde levou vida ascética num
mosteiro. Estabelecida com o rei uma paz formal, graças aos conselhos de
moderação do papa Alexandre III, Tomás pôde voltar a Canterbury.
Acolhido pelos fiéis,
seu primeiro ato foi repudiar os bispos que compactuaram com o rei, aceitando
novas constituições que atualizavam direitos régios.
Quatro cavaleiros se
encarregaram de livrar o rei deste padre que não tinha medo da morte e que não
perdia de vista a justiça. Recebeu-os na catedral, vestido com os paramentos
sagrados e deixou-se apunhalar sem opor resistência, murmurando:
“Aceito a morte em
nome de Jesus e pela Igreja.”
Era o dia 23 de
dezembro de 1170. Três anos depois o papa Alexandre III o inscreveu no álbum
dos santos.
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