São
José de Anchieta
09 de
junho
José de Anchieta nasceu em Tenerife, nas Ilhas Canárias.
Educado em Portugal provinha daquelas nações que, naquela época tanto
contribuíram para a descoberta do mundo, Espanha e Portugal.
Jovem, cheio de vida, inteligente, alegre por natureza, de
coração aberto e amado por todos, brilhante nos estudos, soube granjear a
simpatia dos colegas que gostavam de ouvi-lo recitar. Por causa de seu timbre
de voz chamavam-no de “canarinho” lembrando assim o canto dos pássaros de sua ilha
natal, Tenerife.
Jovem de fé atento as inspirações de Deus, buscava por
vezes o silêncio e a solidão para orar. Muitas vezes deixava de lado os
livros, passeando sozinho às margens do Rio Mondego. Numa dessas caminhadas
entrou na Catedral de Coimbra, e diante do altar da Virgem, sentindo uma grande
paz, resolveu dedicar sua vida ao serviço de Deus e dos homens; fez voto de
castidade, consagrando-se a Maria.
Aos 17 anos já demonstrava grande maturidade e decidiu
servir a Deus tornando-se noviço.
Profundamente impressionado com as cartas de São Francisco
Xavier que contavam as carências de tantos povos e países, decidiu entrar para
a Companhia de Jesus.
E assim poucos anos depois, foi enviado para o Brasil para
evangelizar a população.
Chegou quando ainda não existia uma cidade, apenas pequenos
aglomerados de aborígenes. Era 24 de janeiro, vigília da festa da Conversão de
São Paulo. Veio com o único objetivo de conduzir os homens a Cristo,
transmitindo-lhes a vida dos filhos de Deus, destinados à vida eterna. Ficou
hospedado no Colégio São Paulo e ajudou a fundar a capital paulista, em 25
de janeiro de 1554.
Missionário, viveu o espírito do apóstolo dos gentios.
Salvar as almas para a glória de Deus, este era o objetivo de sua vida. Isto
explica a sua prodigiosa atividade ao buscar novas formas de atuação
apostólica, que o levaram a fazer-se tudo para todos. Não recusou nenhum
esforço para compreender os seus “Brasis” e compartilhar-lhes a vida. Tornou-se
exímio catequista que seguindo e exemplo de Cristo, Deus feito homem para
revelar o Pai, vivendo entre os homens, falava-lhes de maneira simples,
adaptando-se às categorias mentais e aos seus costumes.
Promoveu e desenvolveu as aldeias, cujo coração era sempre
a Casa de Deus, onde a Eucaristia era celebrada regularmente e onde o Senhor
Sacramentado permanecia presente.
Multiplicou-se incansavelmente nas atividades religiosas e
até mesmo estudou flora e fauna, medicina, música e literatura.
Não lhe faltaram penas e dores, decepções e insucessos,
também ele teve sua parte no pão de cada dia de todo apóstolo de Cristo, mas em
meio a incansável atividade e sofrimento jamais faltou a calma, serena e viril
certeza alicerçada no Senhor Jesus a quem se unia no mistério da Eucaristia.
No Rio de Janeiro fundou a Santa Casa de Misericórdia e foi
superior dos jesuítas.
Não tendo nem papel nem tinta à disposição na areia da
praia escreveu com amor o seu poema, que aprendeu de cor, “A Virgem Maria, mãe
de Deus.”
Eis aí as fontes da riqueza da vida e da obra de Anchieta:
a fé ardente em Deus, o apego a Cristo e o amor a Nossa Senhora.
Morreu em 09 de junho de 1597 e foi canonizado em
03/04/2014.
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