Santa
Paulina
9 de
julho
Primeira santa brasileira, nasceu em 1865 em Vigolo Vattaro ,
aldeia italiana na região de Trento, que naquela época pertencia à
Áustria. Amábile Lúcia Visintainer veio para Santa Catarina em 1875, em
companhia de seus pais e quatro irmãos, fugindo da miséria e da fome em sua
terra.
Aos 9 anos, antes de vir para o Brasil, já trabalhava numa tecelagem,
selecionando casulos de bicho-da-seda. Fixaram-se na localidade de Alferes, no
vale do rio Tijucas, com as dezessete famílias de sua região; por isso
batizaram de Vigolo de Nova Trento a colÔnia agrícola onde foram
morar. Apesar de não ter nascido no Brasil, segundo o cardeal de São
Paulo, dom Cláudio Hummes, “foi aqui que ela trabalhou, sofreu, lutou
e se santificou.”
Em 1895, Amábile junto com sua amiga
Virgínia, fundou a Congregação das Filhas (mais tarde
Irmãzinhas) da Imaculada Conceição, para cuidar de doentes e
idosos. A história da instituição começou com três sonhos que teve, nos quais
Nossa Senhora lhe pedia a criação desta obra. Sob orientação de um padre
jesuíta, as duas moças foram morar num casebre de madeira para cuidar de uma
mulher que estava morrendo de câncer. Começou assim o hospitalzinho de Vigolo,
onde Madre Paulina e Madre Matilde recolheram outros doentes. Elas trabalhavam
na roça e costuravam para sustentar os internos do hospital. Um ano depois se
juntou a elas outra companheira, Teresa Maule, que recebeu o nobre de Madre
Inês.
O grupo foi crescendo e Madre
Paulina abriu no bairro
do Ipiranga em São Paulo, uma casa para filhas de escravos
e negros órfãos, o Colégio da Sagrada Família, que se tornou a sede
geral da Congregação. Apesar de eleita superiora vitalícia, em 1909 foi
destituída da direção da comunidade pelo arcebispo de São Paulo, dom Duarte
Leopoldo da Silva, que a transferiu para Bragança Paulista, onde trabalhou nove
anos num asilo, cuidando dos doentes, lavando o chão e servindo no refeitório.
Aceitando o afastamento da direção da obra que fundara, Amábile deu um
admirável exemplo de obediência e humildade.
Enferma e já idosa, Madre Paulina voltou para a casa do
bairro do Ipiranga, onde passou seus últimos anos, e morreu na madrugada do dia
9 de julho de 1942. Sofrendo de diabete, havia amputado o braço direito e
estava completamente cega, mas não se queixava de nada. Era a vontade de Deus,
dizia. Devido aos
milagres obtidos por sua intercessão, ela foi beatificada
em 1991 e canonizada em 19 de maio de 2002 pelo papa João Paulo II.
Segundo artigo de Roberto Castro no jornal Estado de São
Paulo, de 31 de dezembro de 2002, estavam presentes na basílica do vaticano
mais de 2500 brasileiros, entre eles 104 freiras da Congregação que Madre
Paulina fundou e a menina beneficiada pelo milagre que decidiu a canonização da
santa. Vítima de grave mal formação congênita, com poucos dias de vida foi
curada por intercessão de Madre Paulina, a quem a avó recorreu, quando os
médicos de um hospital de Rio Branco, no Acre, onde ela nasceu, não viam mais o
que fazer para salvá-la.
O papa abraçou e beijou a menina, durante uma audiência
geral aos peregrinos.
Nas imagens e nos santinhos, Santa Paulina do Coração
Agonizante de Jesus aparece vestida com um hábito preto, com uma faixa azul na
cintura, segurando com a mão esquerda um rosário e um livro. A capela de
Vigolo, em Nova
Trento , onde foi fundada a Congregação, é dedicada à Madre
Paulina, assim como um altar no colégio Ipiranga.
Próximo à Fortaleza, no Ceará, na Serra do Boqueirão, foi
inaugurado um santuário ao ar livre para a primeira santa brasileira, com uma
imagem de Santa Paulina, com mais de três metros de altura, fincada no alto da
montanha.
Oração
à Madre Paulina
Ó Madre Paulina, tu que puseste toda a tua
confiança no Pai e em
Jesus Cristo e que, inspirada por Maria, te decidiste
ajudar o teu povo sofrido, nós te confiamos a Igreja que tanto amas, nossas
vidas, nossas famílias, os religiosos e todo o povo de Deus. (Peça a graça que
necessita). Madre Paulina, intercede por nós junto ao Pai, a fim de que
tenhamos a coragem de lutar sempre na conquista de um mundo mais humano, justo
e fraterno.
Amém.
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