São
Tomás de Aquino
28 de
janeiro
Descendente da nobre dos condes de Aquino, unido
por laços de sangue com diversas dinastias reinantes, nasceu Tomás
no castelo de Roccassecca ( entre Nápoles e Roma) em 1225. Aos 5 anos de idade
foi levado ao convento beneditino de Monte Cassino, onde fez os primeiros
estudos, completados na universidade de Nápoles. Aos 16 anos resolveu abraçar a
vida religiosa, mas devido a forte oposição familiar fugiu de casa para entrar
no convento dominicano. O pai e os irmãos, indignados, mandaram seus servidores
trazerem Tomás de volta. Foi encerrado na torre do castelo de Roccassecca, mas,
conseguindo uma corda, desceu pela janela da torre e voltou ao convento de
Nápoles, pronunciando um ano depois os votos religiosos. Escolheu a Ordem
Dominicana porque desejava difundir a fé cristã e os dominicanos eram os
grandes pregadores da época.
Estudou em Paris e ColÔnia, na Alemanha e sob a
direção de Santo Alberto Magno, alcançou o título de Mestre. Introduziu com seu
professor a mais radical inovação intelectual, baseada na filosofia de
Aristóteles, apesar das críticas que chegaram de todos os lados. A oposição
contra sua doutrina durou pouco e a verdade sobrepujou as paixões. Estabeleceu
um novo método de estudo e com isso sua reputação se espalhou pela Europa,
sendo convidado a lecionar em vários centros culturais do velho mundo. Bacharel
e professor de teologia, aos 27 anos assumiu o cargo na universidade de Paris,
o grande centro de estudos teológicos, onde o rei São Luís, o procurava
frequentemente para ouvir-lhe os conselhos.
São Tomás de Aquino foi o maior gênio da filosofia
escolástica e sua influência perdura até hoje. Mostrou que a razão não se opõe
à fé e que filosofia e teologia são ciências distintas. Escreveu várias obras,
entre elas: Suma contra os gentios, Do ser e da essência, porém a mais
importante foi a Suma teológica, que consagrou sua doutrina e à qual
dedicou grande parte de sua existência.
Faleceu em 7 de março de 1274, na abadia cisterciense de
Fossa Nova, em conseqüência de um acidente acontecido quando, por ordem de
Gregório X, viajava para tomar parte no Concílio de Lyon. Por sua vida ilibada
e profunda inteligência foi comparado aos espíritos celestes e recebeu os
títulos de Doutor Angélico e Príncipe dos Escolásticos. Canonizado em 1323 pelo
papa João XXIII, admirador e leitor de suas obras, foi declarado Doutor da
Igreja, em 1567, pelo papa Pio V.
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