Santo
André Dung-Lac e companheiros
24
de novembro
A evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas.
São
quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio
milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em
regiões insalubres.
Eram
bispos, sacerdotes e leigos de diversas idades e condições sociais,
na maioria pais e mães de família e alguns deles catequistas ou
seminaristas.
Hoje homenageamos
um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas, que de
acordo com o Martirológio Romano-Monástico, eram cristãos
convertidos no século XVI pelos missionários dominicanos que
começaram a difundir o Evangelho no Vietnã e foram martirizados,
acusados de estarem introduzindo no país uma religião estranha. A
maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870 e foram beatificados
no ano jubilar de 1900, pelo Papa Leão XIII.
Dentre
eles muito se destacou o padre André Dung-Lac, tomado
como exemplo maior dessas sementes da Igreja católica vietnamita.
Filho
de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um
catequista, ordenou-se sacerdote em 1823.
Durante
seu apostolado foi cura e missionário em diversas partes do país.
Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos
pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio.
Uma
citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates:
"Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós
que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos
perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer".
Finalmente, foi
decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.
Passada
esta fase tenebrosa, veio um período de calma que durou cerca de
setenta anos.
Os
anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas
dioceses que reuniam centenas de milhares de fiéis. Mas os martírios
recomeçaram com a chegada do comunismo à região.
A
partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as
instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo,
condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora.
A
única fuga possível era através de embarcações precárias que
sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que
levavam invariavelmente à morte.
Entretanto
o Evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita,
pois, quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão,
sabendo que o resultado seria um elevadíssimo número de mártires.
O
Papa João Paulo II em 1988 inscreveu esses heróis de Cristo no
Livro dos Santos da Igreja, para serem comemorados juntos e como
companheiros de Santo André Dung-Lac, no dia de sua morte.
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