Santa
Rosália
4 de
setembro
Santa Rosália, (1130 — 1160) foi uma nobre virgem de
Palermo (Sicília), na Itália.
O nome Rosália resulta da contração dos nomes
"Rosa" e "Lirium”. Segundo a tradição católica, pertencia a uma
nobre família normanda, descendente de Carlos Magno. Era filha de Sinibaldo,
senhor de Quisquina e Rose, na província de Agrigento. Durante a adolescência
foi dama da corte da rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da Sicília,
mas seu desejo era servir a Deus e ansiava pela vida monástica.
Aos 14 anos, largou a vida de riqueza e foi em busca de sua
verdadeira vocação, levando consigo apenas um crucifixo. Ela se isolou
como eremita em uma gruta no Monte Pelegrino, nas proximidades de
Palermo. A caverna próxima do convento dos beneditinos possuía uma pequena
igreja anexa. Assim sendo, mesmo vivendo isolada, podia participar das funções
litúrgicas e receber orientação espiritual.
Os beneditinos puderam acompanhar e testemunhar em
registros a vida eremítica de Rosália, que viveu em solidão, oração e
penitência.
Muitos habitantes do povoado subiam o Monte Pelegrino,
atraídos pela fama de santidade da ermitã.
Morreu no dia 4 de setembro de 1160, na sua gruta, em
Palermo.
A reverência a Santa Rosália é documentado desde 1196.
Promovido pelos Beneditinos, já no século XIII era bastante
difundido. É tida como protetora contra doenças infecciosas e
protetora dos que se sentem solitários.
Muitos milagres são atribuídos a santa. Segundo a lenda, em
1624 "salvou" Palermo da peste. Naquele ano, grassava uma terrível
epidemia na cidade, quando a santa apareceu em sonho a um caçador e indicou-lhe
onde estariam seus restos mortais, pedindo que fossem levados em procissão. O caçador
obedeceu e, segundo esta lenda, a epidemia cessou. Desde então é
venerada como santa padroeira de Palermo e seu culto se difundiu enormemente.
É chamada "a Santuzza" (a santinha), pelos
palermitanos.
Em 25 de agosto de 1624 , quarenta dias após a descoberta
dos ossos, dois pedreiros, enquanto executavam trabalhos junto ao convento dos
dominicanos de Santo Estêvão de Quisquina, acharam, numa gruta, uma inscrição
latina, muito rudimentar, que dizia: Eu, Rosália Sinibaldi, filha das
rosas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus Cristo, decidi morar nesta gruta
de Quisquina. Confirmando, assim, as tradições orais da época. Um
santuário foi edificado na gruta onde seus restos mortais foram encontrados.
Anualmente acontece em Palermo a sua celebração,
denominada Festino di Santa Rusulia, sendo uma grande festa religiosa na
cidade onde mantém-se a tradição de caminhar, com os pés descalços, de Palermo
até o Monte Pelegrino.
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