São
Januário (Gennaro)
19
de setembro
São
Gennaro, de nobre família de Nápoles, era bispo de Benevento e foi
martirizado por volta de 305, durante a perseguição de Diocleciano.
Tendo se recusado a negar Jesus e adorar os falsos deuses, por ordem
do governador foi lançado numa fornalha ardente, mas o fogo, em vez
de consumi-lo, voltou-se com ímpeto sobre os carrascos, ferindo-os
gravemente. Encarcerado, foi torturado e obrigado a carregar pesadas
correntes de Nola até Pozzuoli. Condenado às feras com outros
companheiros, eles se ajoelharam na arena, com os olhos voltados para
o céu. As jaulas se abriram e os leões famintos se precipitaram
sobre eles, porém mantidos por mãos invisíveis, deitaram aos seus
pés, mansos, sem lhes causarem mal algum. O governador, então
ordenou que fossem decapitados, mas no momento em que proferiu a
sentença de morte contra Gennaro e seus companheiros, ele ficou
cego. Pediu ajuda à sua vítima e São Gennaro fez o sinal da cruz
sobre os seus olhos, que se abriram e sua visão foi restaurada.
Apesar disso, manteve a condenação ao santo bispo, por medo da
conversão dos espectadores presentes.
Os
corpos dos mártires foram sepultados pelos cristãos e o sangue do
santo foi recolhido numa ampola e depositado em seu túmulo em
Pozzuoli, na Itália.
A
história das relíquias de São Gennaro é ainda mais extraordinária
do que a da sua vida. Pela intercessão de São Gennaro, Nápoles foi
libertada da peste, nos anos de 1497 e 1529; um menino foi
ressuscitado ao ser tocado pela imagem do glorioso mártir; a cidade
napolitana foi preservada inúmeras vezes de erupções do Vesúvio.
Mas um milagre que se renova diversas vezes todos os anos, em épocas
fixas é o célebre milagre da liquefação e da ebulição do sangue
de São Genaro. Este sangue é a grande celebridade de Nápoles,
que invoca São Gennaro como seu poderoso
protetor.
Por
ocasião do translado de suas relíquias, em 432, para Nápoles,
cidade da qual é padroeiro, aconteceu pela primeira vez o milagre da
liquefação (solidificado, torna-se líquido novamente, como um
milagre. O volume aumenta consideravelmente, e ele volta a ter
coloração de sangue recém-derramado) de seu sangue.
Este
fato, que acontece anualmente entre 16 e 19 de setembro,, data de sua
festa, quando a ampola se aproxima das relíquias do santo, não
encontra explicação na ciência.
Para
os napolitanos, São Gennaro é protetor contra a peste e as erupções
do Vesúvio. Seu culto foi trazido para São Paulo pelos italianos da
região de Nápoles, que construíram um igreja em seu louvor no
bairro da Mooca, onde todos os anos comemoram sua festa com danças e
comidas típicas napolitanas.
No
Rio de janeiro antigo (janeiro = januarius, em latim) havia o morro,
o forte e o teatro de São Januário, hoje desaparecidos.
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