Santa Filomena
13 de agosto
Santa Filomena era filha de um rei da Grécia, sendo sua mãe também de sangue real. Como não tinham filhos, ofereciam sacrifícios constantemente aos deuses pagãos para consegui-los. Providencialmente, o médico do palácio, Públio, era cristão e penalizado pela situação de seus soberanos e inspirado pelo Divino Espírito Santo, falou-lhes sobre a fé cristã, garantindo-lhes que suas preces seriam atendidas. Impressionados com o que ouviram, pela ardente fé de Públio e tocados pela graça divina, receberam o batismo, após o qual a rainha engravidou e deu à luz uma linda garotinha, que recebeu o nome de LUMENA que quer dizer luz da fé. Na pia batismal, acrecentaram ao seu nome a palavra FILO, que significa filha, assim ficou Filomena, “Filha da Luz”, por ter nascido à luz da fé, da Luz Divina que lhe iluminou a alma.
Ainda muito jovem, aos 13 anos, foi prometida ao Imperador Diocleciano para ser sua esposa em troca da pacificação de confrontos políticos. O Imperador, por sua vez, impressionou-se com a beleza da jovem. Como Filomena se recusasse a casar, porque havia eleito o próprio Senhor Jesus Cristo para seu esposo, o tirano ordenou, primeiramente, que a colocassem num cárcere e a flagelassem sangrentamente.
Tendo sido curada miraculosamente deste suplício, foi ordenado que ela fosse lançada ao rio Tibre com uma âncora amarrada ao pescoço. E como a correnteza a levasse até a margem do rio, apesar da âncora, mandou Dioclesiano que a ferissem com flechadas. Com o corpo todo ferido pelas flechas, a jovem foi lançada novamente no cárcere. Entretanto, no dia seguinte, conta a tradição que Filomena foi encontrada com o corpo sadio e sem qualquer marca de ferimento. O cruel tirano ordenou, então, que a ferissem com flechas em chamas. Estas, porém, voltaram-se contra os arqueiros. Por fim, foi a heróica jovem decapitada, por ordem do Imperador.
No dia 24 de maio de 1802, os ossos de uma mulher entre treze e quinze anos foi descoberto no cemitério de Santa Priscila, nas escavações das catacumbas em Roma por um pedreiro. Avisou-se Monsenhor Ponzetti, então o Guarda das Santas Relíquias, que ordenou que se parasse de quebrar o que quer que fosse. No dia seguinte, 25 de maio de 1802, acompanhados pelo padre Filipo Ludovici, desceram às catacumbas para assistir a abertura total da sepultura. Lá foram encontrados uma ânfora com uma substância, (notoriamente sangue seco) e uma palma, símbolos do martírio. A sepultura estava lacrada por três placas com a seguinte inscrição:
LUMENA (primeira placa) PAXTE (segunda placa) CUMFI (terceira placa)
O nome de Filomena foi oficialmente atribuído pela Igreja Católica aos restos examinados em 25 de maio de 1802 e inscritos no documentos publicado por Monsenhor Ponzetti, que enviou os despojos dessa mártir cristã à Diocese de Nola, na Itália, em 8 de junho de 1805.
Os Papas foram generosos com Santa Filomena. O Papa Gregório XVI concedeu-lhe, além a aprovação do culto público, um ofício, uma missa especial, uma leitura própria no Breviário (atual Liturgia das Horas) e a festa, proclamando-a “A Grande Taumaturga do Século XIX”, “Padroeira do Rosário Vivo” e “Padroeira dos Filhos de Maria”. O Papa Leão XIII aprovou o uso do famoso "Cordão de Santa Filomena", assim como eregiu a Arquiconfraria de Santa Filomena na França. Por sua vez São Pio X estendeu a Arquiconfraria de Santa Filomena para o mundo inteiro. Assim, a popularidade dela logo se espalhou, estando entre seus mais memoráveis devotos João Maria Batista Vianney e Pedro Chanel, ambos santos da Igreja Católica Apostólica Romana.
As relíquias de Santa Filomena estão preservadas em Mugnano, na Itália.
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